Além das aulas de interpretação de textos, educação ambiental e informática, o professor Luiz Mazon, de 42 anos, dá uma lição de superação todos os dias para os alunos do Centro de Educação Infantil Duotel de Andrade. Ele é cego e conta que fazer uma simples pesquisa na internet para preparar uma aula, não é tão fácil.
Luiz depende de um programa de computador que dita os textos da tela. Após ouvir, ele digita uma cópia em braile e imprime outra para os alunos. A rotina é a mesma há 20 anos.
O educador já foi vice-diretor da escola por oito anos, mas desistiu do cargo porque se sente melhor no convívio diário com os alunos. "Se eu não voltasse pra sala de aula a minha vida seria incompleta porque estar com os alunos todos os dias é o meu maior prazer. Além disso, acho que eu deixo nas crianças uma diminuição do preconceito", completa o professor.
Mazon explica que confia nos estudantes e que conhece cada um deles. "Eu não os vejo mas ouço cada passo dos estudantes. Claro que algumas coisas escapam, mas eu não tenho essa preocupação, afinal, não estamos aqui pra um enganar um ao outro. Eu me esforço para que minha aula seja a melhor possível", relata o professor.
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