Sete anões de uma mesma família dona de um circo estão em temporada na cidade de Juazeiro, norte da Bahia. Eles medem entre um metro e um metro e 20 centímetros. “São sete anões, fora os sobrinhos. Tem mais de 13 anões no nosso circo”, conta o administrador Gilberto Gomes.
Nas cidades por onde passam, as crianças são matriculadas em escolas para dar continuidade aos estudos. Em uma unidade de ensino particular de Juazeiro, eles matricularam sete primos da família dona do circo. Apesar da estatura diferente, o entrosamento com colegas e professores aconteceu bem rápido. “Eles estão convivendo bem. Os nossos alunos receberam todos bem e também se adaptaram”, diz a coordenadora pedagógica Semírames Araújo.
Cláudio Gomes, um dos irmãos que atua no circo como palhaço, resolveu se casar com uma esposa bem mais alta que ele. Cláudio tem sete filhos de dois casamentos diferentes e apenas duas crianças nasceram com a estatura normal.
“A gente sofre muita [discriminação], mas não liga para isso não. Não temos preconceito com nada. Quando a gente passa na rua e as pessoas ficam olhando, eu acho é bom porque estão me admirando”, brinca.
A baixa estatura é causada por uma mutação genética. Casais normais podem ter filhos anões, mesmo sem histórico na família. A médica Karina Barbosa explica que de cada 26 mil pessoas, uma pode nascer anã.
“É uma mutação gênica no cromossomo quatro, um de nossos inúmeros cromossomos. Então, qualquer um pode nascer anão. Não é nada previsível, é uma mutação que ocorre ao acaso”, explica.
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